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Pais precisam conhecer as redes sociais para orientar seus filhos

Pais precisam conhecer as redes sociais para orientar seus filhos

As redes sociais, em especial, o Facebook, o Instagram e o Twitter fazem parte da nossa vida de forma intensa há, pelo menos, dez anos. É verdade que ainda há pessoas que não se deixaram seduzir por nenhuma delas, mas, estatisticamente, são minoria. Perfis pessoais, profissionais; para fins de mero entretenimento ou como fonte de renda; para acompanhar a vida dos amigos ou dos famosos; enfim, o fato é que, de maneiras diferentes, muitos de nós as têm como fonte de informação e como forma de manifestar opinião. E, vez ou outra, elas se tornam alvo de uma discussão: afinal, as redes sociais são mocinhas ou vilãs?

É comum ver por aí adultos que se mostram assombrados com a internet e seus recursos. Para mim, as redes sociais não são essencialmente mocinhas, nem vilãs. Aliás, elas podem até assumir esses papéis, mas quem decidirá será o internauta, aquele que está em frente à tela do computador e toma as decisões.

Entretanto, quem tem 10 ou 15 anos, por exemplo, ainda não possui a maturidade necessária para tomar, de maneira adequada, essas decisões. É verdade que há homens e mulheres com 50 que também não têm, mas essa é outra conversa. O fato é que a maioria dos adultos tem condições de instruir sobre os benefícios e os riscos que as redes sociais oferecem. Fugir delas só cria um abismo os mais novos e eles. É mais prudente se inteirar do mundo virtual a deixar que outra pessoa oriente os filhos, nem sempre com boas intenções.

E conversar sobre as redes sociais com crianças e adolescentes pode ser uma maneira eficaz – e até prazerosa – de passar valores importantes e de se aproximar do universo infanto-juvenil. Lembro-me de que até meados de 2008 meu único vínculo com o mundo virtual era uma conta de e-mail. Na época, o rei das redes sociais era o finado Orkut (que Deus o tenha). Meus alunos viviam me instigando a criar um perfil, mas eu resistia bravamente. Por preguiça de entender como funcionava, pelo preconceito de achar que era “coisa de criança”, talvez até por ignorância. Então, depois de tanta insistência, pedi ajuda a um deles e me rendi. Foi paixão ao primeiro clique. E por quê? Porque, em poucos dias, havia conseguido manter contato com pessoas as quais não via há anos. Porque percebi que aquela rede social poderia ser instrumento para eu divulgar meu trabalho e interagir. Também teve a parte do entretenimento, é claro, do passatempo. De ler e ver postagens que apenas me faziam rir. Mas o que me encantou mesmo foi a possibilidade de retomar amizades que a vida real já não me permitia manter.

Hoje ainda persisto no Face e uso o Instagram mais para divulgar meu trabalho, mas sou responsável. Nunca deixei de cumprir um compromisso – pessoal, social ou profissional – por causa disso.Minhas relações afetivas fora da internet são intensas e bem construídas. Não corro o risco de mergulhar na web e não sair mais. Não me impressiono com postagens de objetivo questionável, não compartilho imagens e vídeos que vão de encontro aos meus valores. Respeito meus amigos virtuais e propago boas mensagens. Checo as fontes antes de acreditar piamente no que leio/ouço. Também participo de brincadeiras e tenho meus momentos de “kkkkkk”, mas não me limito a isso.

Mas é claro que existe o risco da exposição excessiva, da dependência exagerada, da necessidade desproposital de se escrever tudo que acontece durante o dia e de tirar fotos em que até o vaso sanitário aparece (na maioria das vezes com a tampa aberta). A rede social se tornou um divã. A sessão carapuça corre solta e todo mundo tem um lado filósofo que desabrocha de vez em quando. Pessoas se apropriam de frases alheias, há um certo massacre à língua portuguesa, piadas preconceituosas ganham milhares de curtidas em minutos. Mas é preciso se blindar contra esse tipo de coisa. Aliás, uma das grandes vantagens do mundo virtual é que podemos, em um só clique, mandar plantar batata quem nos incomoda demais.

Eu continuo insistindo na tese de que os pais precisam criar seus perfis nas redes sociais. Conhecer para orientar. Participar para instruir. Estimular os filhos a refletir, a não passar adiante qualquer foto, música, vídeo ou texto que reforcem a estupidez humana. Sim, porque a estupidez que há no mundo virtual não é culpa da tecnologia. É apenas reflexo da estupidez que já existe fora dele.

Ninguém convive por meio das redes sociais. Convivência pressupõe contato físico (com os devidos cuidados do cenário atual), olhos nos olhos, estar lado a lado. Mas podemos interagir por meio delas. E nos informar. E manifestar nossa opinião. De maneira inteligente, saudável. Fácil? Não, mas possível. Basta vê-las de uma forma mais racional, sem teorias maniqueístas, afinal, não são do bem, nem do mal. Apenas fazem parte da vida.

Por Lu Oliveira
Escritora e Assessora de Comunicação do Colégio Platão

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Fundado em 1985, o Colégio Platão, por meio da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, transformou-se em referência na educação para crianças e jovens de Maringá e região. Nestes 30 anos, o Platão tem ensinado milhares de estudantes e ajudado a formar milhares de cidadãos.

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